1. |
Fluxos Migratórios
07:17
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Volta, volta pra acertar
Se errar vai errar e voltar até acertar
Volta pro mesmo lugar
Se acertar ganha passagem pra se libertar
E voltar pro ponto que você se separou dos seus
Paciência todos têm até mostrar que não têm mais
E pensamentos letais sobram de manhã
As coisas mais reais são as que estão na sua mente
Toda essa enchente para decifrar
Vontade de surtar, às vezes, vem pra libertar
Se o ego é seu companheiro, seu escudo diário
Você é o hospedeiro e carrega esse fardo
Ninguém te ensina a ser de um jeito diferente
Então você não pratica um dia a dia coerente
Mas não por não tentar, bem que você queria ser bondoso
É que essa roda secular te deixa um pouco cauteloso
Não acredita nas pessoas e isso nem sempre é vantajoso
Seus olhos enxergam coroas e julgam lindo ou monstruoso
Errar vem pra libertar
Poder se situar vem pra libertar
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2. |
Nimbo (Em Juncos)
08:59
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O tempo que eu digo não ter me tem e age em mim
Num ciclo que vai ter fim
Esqueço fácil das coisas que digo a mim pra fazer
Soterro os meus desejos e empino a verdade do torpor pra esquecer
Quando vivo entre os homens
O tempo quente faz o vento ausentar
Eu não sigo as minhas ordens
Não sou eu mas é cabeça milenar
Verdade solta
Da mão, a corrente
Da mente, enchente
Do movimento, a dor
O Tempo é o acesso ao mundo inverso
Do vivo sonhador
Que nunca volta
O tempo que eu digo não ter me tem e age em mim
Eu fui e voltei ao capim
Mudo o ponto e vejo o efeito que teve lá
Que lá de cima o tempo passa de uma maneira mais singular
Quando vivo entre as nuvens
O vento frio faz o tempo congelar
Eu respiro entre mentes jovens
De dentro da minha cabeça milenar
O tempo é selvagem
Se o presente dissolver
Eu me banharia na bacia do passado que pude prever
Que ânsia teria, se poderia ir ao futuro adormecer
De nostalgia?
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3. |
Rewamabe
06:40
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Eu vivo uma batalha transdimensional
Que muda o pensamento
Libera o potencial
Guiado pelo imaterial não sou mais apenas corpo
Busco compreender o mínimo do ter para então perceber
Que também faço parte do todo
Em mim
Em você
Desperto, sigo Enoch
Ou seria só ilusão?
Encontro o melhor caminho entre as veredas
Escondido no real que vejo todo dia ao abrir os olhos
Chega a passar sem se notar diante do ruído das palavras
Ruído
Palavras
Ruído
Eu não vou mas eu já fui de encontro ao antigo
Abro os braços pro escuro ao meu lado, pois também é meu
Deixo estar, deixo sentir
Deixo de ser quem era
O ar que senti
Não é igual ao que vejo
Em qualquer mar
Uma montanha
Ou um sonho
Contemplo
Evoluo
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4. |
Intra-lar
06:21
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Esperar achou que não ia dar
Sabendo que em si ia voar quando o silêncio prosperar
E pôr seu corpo à sentar
Olhos a fechar, fundo respirar
Eu a me olhar
Ao entrar é de encantar
o que encontra no mesmo lugar de onde o seu mal está
Olhe, veja o que você tem a te ensinar
Perceber e compreender
o porquê do seu modo de sentir ser e desejar
Pondo-se a notar
Tentando escutar
O que o eu falar
Se acalmar, se respeitar
E aflorar a comunhão entre sombra e luz do ser
Vigiar, transformar
O que se está a plantar, emanar e pensar
Olhe, veja o que em você tem
Olhe, veja o que você tem a desbravar
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